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O professor Tharcisio Fontainha do PEP, junto com outros especialistas, analisa os efeitos da COVID-19 a partir da perspectiva da Logística Humanitária - uma subárea de interesse da Engenharia de Produção que lida com a cadeia de suprimentos durante desastres.
Na atual pandemia de COVID-19 causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), um aspecto importante é entender como a disseminação do vírus impacta cadeias de suprimentos.
Em resposta à pandemia, restrições a viagens, medidas de afastamento social e quarentena são impostas pelos governos. Consequentemente, estima-se uma redução de 40% a 50% dos gastos discricionários dos consumidores, o que levaria a um encolhimento de 10% do PIB mundial (Smit et al., 2020).
Há uma expectativa de aumento da taxa de desemprego e de pobreza, afetando principalmente a população mais vulnerável. Ao mesmo tempo, há um aumento na demanda por suprimentos médicos e domésticos (alimentos não perecíveis, material de higiene e de limpeza).
Ainda, devido às medidas de isolamento, há impactos diretos em cadeias de suprimentos, levando ao risco de desabastecimento.
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A pandemia do coronavírus (COVID-19) reavivou desagradáveis lembranças da crise financeira global de 2008, trazendo projeções de recessão, queda nos mercados financeiros, desaquecimento da demanda e dificuldades nas cadeias de suprimento globais. Tal cenário econômico gera o aumento da incerteza e leva as empresas a postergarem decisões de investimentos, o que, por sua vez, tem impacto sobre o emprego e a renda
Visando mitigar os impactos econômicos, diversos governos estão realizando maciços investimentos em suas economias. Por exemplo, o Banco Central dos EUA, o Federal Reserve (Fed), aprovou um pacote de estímulo de US$ 2 trilhões, incluindo um fundo de US$ 500 bilhões em ajuda a indústrias afetadas com empréstimos. A França lançou um pacote de € 45 bilhões com garantias de empréstimos de € 300 bilhões. O Banco Popular da China liberou ¥ 550 bilhões, equivalente a US$ 79 bilhões de dólares. Além disso, o Banco Central Europeu está disponibilizando até € 3 trilhões, o Banco Mundial aumentou sua resposta para US$ 12 bilhões, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) tem US$ 50 bilhões disponíveis para os países mais pobres.
Verifica-se, no entanto, que a redução das atividades produtivas e do comércio, bem como o fechamento de diversas usinas de combustíveis fósseis, pode sugerir benefícios em termos de emissões de gases de efeito estufa (GEE). O Observatório Earth da NASA divulgou recentemente imagens de satélite da China destacando a dramática redução na poluição, em particular no dióxido de nitrogênio (NO2), nos meses de janeiro e fevereiro deste ano em comparação ao ano passado. Relatório publicado pelo Carbon Brief mostrou que as emissões na China caíram pelo menos 25% em fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2019. Os satélites da NASA e da Agência Espacial Europeia detectaram grandes quedas nas concentrações de poluição do ar, não apenas na China, mas também na Itália e em outros países da Europa, já que milhões de pessoas se encontram em quarentena com o objetivo de retardar a disseminação do vírus.
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A equipe administrativa do Programa de Engenharia de Produção está atuando (não presencialmente) durante a quarentena. As dúvidas e questões administrativas podem ser tratadas através do email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou diretamente pelos e-mails abaixo:
O surto do novo coronavírus (COVID-19) tem causado instabilidades à economia mundial e mudanças significativas nos padrões de consumo e nos níveis de produção. Isso tem impacto direto sobre a demanda de energia e sobre a pegada de carbono, pelo menos no curto prazo, dos países. Naturalmente, estes efeitos não se dão de forma homogênea sobre a população, variando de acordo com a renda, gênero, vínculo empregatício e natureza do trabalho, além de outros aspectos ligados à urbanização e ao acesso a serviços básicos essenciais.
Ainda é cedo para predizer a intensidade e a duração destes impactos, mas uma coisa é certa: a pandemia do COVID-19 tem potencial de alterar estruturalmente nossas relações pessoais e profissionais. Este artigo busca discutir estes aspectos sob a ótica da demanda de energia e dos impactos sociais, trazendo recomendações de políticas de curto e médio prazos para a contenção da crise, além de debater algumas lições a serem aprendidas a partir deste momento único que vivemos.
O Observatório “Earth” da NASA vem destacando a redução acentuada das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e poluentes, principalmente na China e na Itália. No entanto, o que pode ser encarado de maneira positiva sob o ponto de vista ambiental esconde, na verdade, uma série de aspectos com significativo potencial negativo desde a perspectiva socioeconômica.
Por trás da notável redução de emissões, encontra-se um preocupante quadro de paralisação nas atividades produtivas que pode levar estas economias à desaceleração (ou mesmo recessão). Por exemplo, segundo relatório do Carbon Brief, a redução de 25% nas emissões da China em fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2019, pode ser diretamente relacionada à queda de 15% a 40% na produção de seus principais setores industriais neste mesmo período. As medidas de isolamento social que vêm sendo adotadas com o objetivo de conter o novo coronavírus têm colaborado, na prática, para o arrefecimento do consumo das famílias.
Em outros países em desenvolvimento, sem o poder econômico e geopolítico da economia chinesa, os impactos socioeconômicos da crise ocasionada pelo COVID-19 podem ser ainda mais cruéis. Nesse contexto, o Brasil é um caso emblemático a ser analisado, por se tratar de um país continental com alta desigualdade na distribuição de renda, grandes disparidades socioeconômicas regionais, com elevado número de trabalhadores autônomos informais, além de apresentar carências estruturais nas áreas de saneamento básico, saúde e educação. Tal realidade se torna ainda mais grave ao se analisar as especificidades regionais em termos de condições socioeconômicas e (in)acesso à energia.
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O PRO-PME, Centro de Referência em desenvolvimento tecnológico e gerencial do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ, em parceria com o DESIS Lab, está desenvolvendo equipamentos de proteção pessoal para profissionais de saúde como forma de prevenção ao Covid 19.
Partiu-se de uma demanda do Hospital Universitário da UFRJ, formando uma força-tarefa juntando PUC-Rio, UFRJ, UNIRIO, Firjan, INT, Secretaria de saúde, entre outros. O modelo já testado e aprovado pelo hospital está disponibilizado para quem tiver impressora 3D ou quiser ajudar na montagem. O PRO-PME tem recebido diferentes máquinas de impressão 3D de laboratórios da UFRJ, formando um centro de prototipagem para fabricação de equipamentos e insumos para os hospitais.
Este trabalho é resultado do empenho de profissionais voluntários, em destaque do especialista em prototipagem rápida DSc. Carlos Maurício da Costa Ramos e da estudante de Design Industrial da UFRJ Thamyres Abreu, sob a coordenação do Prof. Francisco Duarte e da pesquisadora Amanda Xavier, ambos do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ.
Obs:Entre em contato caso possa colaborar com sua impressora 3D ou para doação de filamentos ao laboratório PRO-PME.